AS CARTAS COR DE CARMESIM | SESSÃO ZERO: E, no princípio, havia uma livraria...

 

Londres, 01 de Outubro de 1930.


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O nascer do sol encontra uma cidade fustigada pela costumeira neblina matinal, fazendo com que as próprias ruas parecessem exalar e transpirar, como um imenso ser vivente.

Em uma área não muito convidativa da urbe, um pequeno grupo se reúne em um estabelecimento soturno, cuja fachada manchada pelo passar dos anos exibe, gravado em letras douradas sobre uma vidraça embaçada, os dizeres: Chapelhill Books – Livros Raros.

Quem adentrar ao pequeno comércio será recepcionado por um mal-humorado indiano, possuindo por volta de 55 anos chamado Govindra – apesar de os frequentadores o chamarem de Charles…

Entre cantos escuros, empoeirados e péssima Iluminação, as sombras parecem ganhar vida própria e crescem com o objetivo de engolir o lúgubre ambiente. Nas estantes carcomidas por umidade ou cupins encontram-se livros empoeirados e com aspecto de desleixo. Volumes de diversos catálogo de exposição se acumulam pelo chão, em pilhas desorganizadas e sujas.

O cheiro forte de mofo e formol é presente quando se trafega pelos estreitos corredores assimétricos, enquanto o piso de madeira riscado range como o estertor de um fera moribunda.

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A vizinhança não convidativa, em Whitechapel, com mendigos e outros não-favorecidos circulando pela calçada, sempre tentando captar algo de interessante dos transeuntes.

Esta é a Chapelhill Books. Base de nosso grupo de Caçadores de Livros que são os protagonistas nos contos de mistério e horror que virão a seguir…

Comentários

  1. Naquele ambiente lugubre e doentio, seres perdidos deambulam pela localidade, buscando coisas diversas, tais como dinheiro, sentido, poder, algo; será que encontrarão?

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